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AUTISMO E A PSICOMOTRICIDADE


O termo Autismo foi criado em 1907 por Eugen Bleuler e adveio da palavra grega autos, que significa “o si mesmo”. Ele é um transtorno severo onde o indivíduo tem um distúrbio no desenvolvimento e na maneira de se relacionar consigo mesmo e com o mundo externo.


Segundo Almeida (2004) o autismo caracteriza-se por uma tríade de anomalias comportamentais como limitação ou ausência de comunicação verbal, falta de interação social e padrões de comportamentos restritos.


As principais características observáveis são a falta de comunicação, sejam de qualquer forma com qualquer pessoa, nas interações com objetos/meio, dificuldades para o uso de imaginação, não aceitação de alterações de rotinas e comportamentos estereotipados e restritos.


As crianças com TEA demonstram uma forma diferente de se relacionarem com os outros. De uma maneira geral manifestam uma falta de competência mais evidente no relacionamento com os outros. Na maior parte das vezes as interações sociais têm como base a satisfação dos seus interesses pessoais. Os interesses, os sentimento ou reações dos outros não são tidos em consideração. Por este motivo, as crianças com esta perturbação são normalmente caracterizadas como "à parte", "isoladas" ou "no seu próprio mundo”.¹


Num contexto escolar um aluno autista pode apresentar dificuldades ou até mesmo incapacidade de comunicar-se de forma verbal e não verbal, pode apresentar dificuldade de interpretação da linguagem, devido a não compressão da entonação de voz e da mimica dos outros que se relacionam, além do isolamento social o aluno autista apresenta insistência na repetição (SANTO e COELHO, 2006).


A psicomotricidade é uma das vertentes de auxilio ao desenvolvimento dos indivíduos com o espectro autista, ela no seu eixo relacional intervindo de maneira com que o mundo externo não seja algo tão distante, desenvolvendo as potencialidades relacionais, apresentando e integrando o meio para ele, e no seu eixo funcional onde o déficit motor é acentuado, consegue através de atividades e estímulos motores fazer com que a motricidade global se enobreça e facilite sua vida e seus aprendizados.


Atividades psicomotoras são de extrema importância no processo de aprendizagem do aluno com espectro autista, como por exemplo: atividades em locais onde todos estão em silêncio e “livres” para interação no ambiente com objetos, atividades onde se necessita de equilíbrio em diferentes níveis, atividades em locais que tenha pelo menos um espelho para estimulação visual e reconhecimento do mundo externo, recursos para estimular a mímica etc.


Alguns cuidados podem auxiliar o trabalho do educador, medidas como: colocar o aluno para sentar no primeiro lugar da fila; falar o nome do aluno várias vezes durante a aula; observar se ele esta executando as atividades pedidas; ou mesmo criar um roteiro específico de atividades para a organização do aluno utilizando agenda e fotos das atividades (BEREOHFF, 1991).


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Referências:


SANTOS, Rita et al (2017). CONTRIBUTOS DA PSICOMOTRICIDADE NA INTERVENÇÃO PRECOCE - ESTUDO DE CASO. Rev UIIPS. 2017; Vol. 5, N.º 1: 21-33.¹

Mesquita, Helena et al, 2015. EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA NO PERFIL PSICOMOTOR DE UMA CRIANÇA COM ESPETRO DE AUTISMO. e-balonmano.com: Revista de Ciencias del Deporte, 11 (Supl. 2), 131-132. (2015). ISSN 1885 – 7019.

Késia Priscila Gomes Gentil, Aline Pavan Sarilho Namiuti, AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Volume 18, nº 2, dezembro de 2015, Revista Uniara.

 
 
 

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