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EQUILÍBRIO E PSICOMOTRICIDADE


Quirós e Schrager (1980, in Negrine, 1987) definem o equilíbrio como a interação entre várias forças, nomeadamente, a gravidade, e a força motriz dos músculos corporais. De fato, um organismo alcança um estado de equilíbrio quando é capaz de manter e controlar posturas, posições e atitudes.


O equilíbrio é a capacidade de manter ou recuperar a estabilidade corporal, com o corpo parado apenas com a interferência gravitacional ou em movimento, lento ou em velocidade.


Todos os indivíduos possuem um local no corpo chamado de CENTRO DE GRAVIDADE, localizado aproximadamente no abdômen/cintura.


Para Rasch & Burker 1961, o centro de gravidade do homem adulto localiza-se mais acima que o da mulher. Em crianças pequenas e adolescentes este fica mais acima que nos adultos, devido ao tamanho desproporcional da cabeça e do tórax e à relativa brevidade dos membros inferiores. Em síntese, quanto mais jovem é a criança, mais alto se encontra o centro de gravidade a partir do solo, e a sua desproporcionalidade segmentar tende a tornar o seu estado equilíbrio mais vulnerável.


Quando o equilíbrio não é muito desenvolvido, o indivíduo precisa de energia e de força além da necessária para cumprir tarefas e atividades básicas, a luta contra o desequilíbrio gera uma luta constante, ainda que inconsciente, trazendo uma grande fadiga e distração no seu dia a dia.


Existem duas formas principais de equilíbrio para serem trabalhadas: O Estático e o Dinâmico.


De acordo com Jesus (1990) o conceito de equilíbrio estático refere-se à capacidade de manter o corpo numa posição particular, apesar da instabilidade que possa eventualmente ser provocada por forças externas. O equilíbrio dinâmico é a capacidade de manter o estado de equilíbrio durante a realização de uma tarefa, este conceito, em oposição ao anterior, considera o corpo em movimento, quer seja durante a execução de uma tarefa motora complexa, ou qualquer movimento fundamental como correr e andar.¹


O inicio do processo de desenvolvimento das capacidades motoras como o equilíbrio, acontece principalmente no período escolar, por meio de atividades com movimentos e com a educação física, onde a criança começa a aprimorar as suas capacidades primárias.


O equilíbrio em si, começa a se aprimorar a partir dos 4 anos de idade quando a criança já consegue ficar em pé e de olhos fechados, e logo após conseguindo ficar em apoio de um só pé. A fase principal do desenvolvimento ocorre até mais ou menos os 12 anos podendo prorrogar até os 15 anos dependendo da pessoa onde se encerra a fase de maturação.


É fundamental por isso, que durante a escolaridade primária, as crianças tenham a oportunidade de passar por um grande leque de experiências motoras. Na verdade, se se perder esta fase ótima para o desenvolvimento e aperfeiçoamento destas capacidades, ou se esta não for convenientemente aproveitada, comprometer-se-á a correta evolução destas, nas fases seguintes.¹


A psicomotricidade consegue através das atividades funcionais colaborar para com o desenvolvimento do equilíbrio, como na manutenção e reabilitação em todas as idades. Realiza-se atividades de equilíbrio estático e dinâmico, com dupla tarefa e em diferentes situações de interferências do meio.


Alguns exemplos de atividades psicomotoras que podem ser utilizadas na educação e reabilitação:


· Passos lentos em local seguro de olhos fechados (com auxílio);

· Equilíbrio em um pé só, podendo adaptar com os olhos fechados;

· Atividades manuais de equilíbrio em movimento (dupla tarefa), ex: caminhar com um ovo em uma colher;

· Atividades de caminhadas e corridas em zigui zague;

· Atividades como amarelinha e elástico;

· Circuitos psicomotores, com obstáculos, sem competição. (arcos no chão, saltitos, saltos etc.



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Referência:

Fonseca, Pedro et al. 2005. Avaliação da capacidade de equilíbrio estático e dinâmico em crianças de 10 e 11 anos. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Univ. de Coimbra. http://hdl.handle.net/10316/17429.

 
 
 

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