Já ouviu falar sobre o inconsciente/subconsciente?
- Larissa Michels
- 20 de fev. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de mar. de 2020

A definição segundo Jung, para o inconsciente é a seguinte: “O inconsciente retrata um estado de coisas extremamente fluido: tudo o que eu sei, mas em que não estou pensando no momento; tudo aquilo de que um dia eu estava consciente, mas de que atualmente estou esquecido; tudo o que meus sentidos percebem, mas minha mente consciente não considera; tudo o que sinto, penso, recordo, desejo e faço involuntariamente e sem prestar atenção; todas as coisas futuras que se formam dentro de mim e somente mais tarde chegarão à consciência; tudo isto são conteúdos do inconsciente”.
Para Freud, a mente humana se divide em três partes: ego, id e superego.
O ego é a parte consciente, o que controlamos; o id é o inconsciente que se guia pelo prazer e, por fim, o superego, que absorve as normas de conduta da sociedade e é responsável por sentimentos de culpa ou recompensa moral.¹
A psicomotricidade no geral trabalha muito com questões do inconsciente, pois está lá o nosso verdadeiro e mais profundo eu, focamos nossos trabalhos no que vimos, mas ainda mais no que não conseguimos ver de primeira. Cada movimento, expressão, olhar, relação com o outro ou com os objetos durante as atividades são analisadas com muito cuidado e lapidadas de maneira leve e espontânea.
Nossa mente e corpo, no dia a dia, através das tarefas já estabelecidas, rotinas e regras, costumam naturalizar alguns comportamentos e limitar certas ações, interiorizando grande parte da nossa liberdade no agir. O que desenvolve certos hábitos para agir como facilitador mas que costumam bloquear funções naturais do consciente, causando diversas situações de impulsividade, atos falhos, sonhos, explosões comportamentais, físicas etc.
O inconsciente nos coloca em contato com nossos sentimentos mais profundos, o que faz com que dentre as moldações vividas desde o nascer, reprimam e se tornem os famosos: “falei sem pensar’, “estou com uma intuição”, “não sei o que aconteceu com o meu corpo” “não gosto de tal situação mas não sei o porquê”, toda a vivência humana sofre interferência do meio e das pessoas ao redor e todas as experiências vividas, se não lembradas, são guardadas como memória, mental ou física.
Assim, Freud quebra o paradigma que estava posto até aquele momento de que o homem controla toda sua vida por meio da racionalidade. O inconsciente trabalha o tempo todo, fazendo relações e articulações entre os pensamentos, sentimentos, etc., podendo gerar novos contextos (MEDNICOFF, 2008).²
Além das manifestações do inconsciente já citados, os mais presentes na educação são as falhas na dicção, escrita, leitura, audição, controle do corpo, durante o processo de aprendizagem.
A psicomotricidade busca o desenvolvimento integral dos indivíduos e trabalha com as pulsões (energia), expressões corporais e comportamentais que estão guardadas dentro de cada um, fazendo com que essas informações do inconsciente sejam acessadas, e o individuo lide, ressignifique e controle de maneira natural, gerando um auto conhecimento e um auto controle para enfrentar todas e quaisquer situações da vida.
Referências
SOBRE SIGMUND FREUD E A EDUCAÇÃO
Luana Caroline Künast Polon;
Paulo Henrique Heitor Polon – UNIOESTE ²
Teoria do Iceberg: o que você precisa entender sobre o inconsciente:
Por ACT Institute • abril 5, 2017¹
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