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MATEMÁTICA E PSICOMOTRICIDADE



Há alguns anos o ensino da Matemática vem causando desconforto, tanto para os professores quanto para os alunos, de todos os níveis de educação, inclusive aumentando a desistência. É uma área que necessita de uma reformulação geral, desde os cursos profissionalizantes para docentes até a estrutura metodológica na educação básica.


A realidade das escolas da rede pública demonstra que o ensino de Matemática é, normalmente, permeado de conflitos que envolvem a relação professor/aluno e sérias dificuldades de aprendizagem dos conceitos matemáticos e de desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático abstrato. É uma área de conhecimento extremamente importante, que não pode ser excluída do sistema de ensino, e, ao mesmo tempo, provoca grande insatisfação por parte da classe estudantil diante dos resultados obtidos em relação a sua aprendizagem.¹


A matemática esta presente na vida desde o nascimento, através de formas, padrões, comparações etc. Ela esta intimamente relacionada à compreensão de significados, de objetos e conhecimentos junto ao conhecimento geral, assim sendo importante a conexão com outras disciplinas e áreas de conhecimento, se fazendo necessária a popularização e facilitação do ensino.


Os professores precisam acompanhar e se atualizar acerca dos estudos na perspectiva do desenvolvimento global dos indivíduos, como a psicomotricidade. E também da nova cultura tecnológica e multidimensional que a educação precisa fazer parte. O sistema educacional não é mais o local onde se transmite conteúdos e memorizações sem pensar na vida como um todo, é necessário que ocorra a intervenção para a retenção da aprendizagem e seus conhecimentos, principalmente para adequar o aluno às suas práticas cotidianas da vida pessoal e profissional.


Uma vez que a criança é um ser criativo que explora o meio que a rodeia, de acordo com Osório e Maia (2012), as aprendizagens matemáticas podem ser adquiridas em situações de caráter informal, permitindo, por um lado, de forma simultânea o desenvolvimento de outras competências (e.g. escrita e verbal). Por outro lado, as crianças desenvolvem as suas ideias matemáticas quando classificam ou agrupam objetos ou brinquedos, quando raciocinam e ordenam, quando comparam pesos, alturas, comprimentos, quando reconhecem padrões, quando seguem direções, quando adquirem a noção do tempo através das rotinas, quando jogam ou quando aproveitam as oportunidades que surgem naturalmente para o conceito ou sentido de número (Silva, 1997).²


A intervenção psicomotora se faz presente quando a demanda exige o desenvolvimento global do ser, em relação à matemática, utiliza-se de estratégias de esquematização corporal, noção espaço-temporal, relações com objetos e com o meio, e ainda quando se exija o pensamento lógico, a ludicidade é um ótimo recurso, sabendo que a emoção vem antes do raciocínio, se faz a ligação entre as disciplinas de maneira que faça o individuo se reconhecer e internalizar a aprendizagem de maneira criativa e divertida, tornando-a útil pro sua vivência pessoal e social.


Atividades de psicomotricidade funcional e relacional são bem vindas quando se trata de atividades multifacetadas como a matemática, por exemplo:


· Atividades com tampinhas de garrafas pet para contagem, sequenciação, categorização etc.; (motricidade fina/ludicidade)

· Atividades com manipulação de objetos de diferentes tamanhos, cores e formatos de maneira lúdica; (motricidade fina/ludicidade)

· Jogos adaptados com numeração para reconhecimento e obtenção de pensamento lógico-matemático;

· Jogos e brincadeiras através de atividades físicas com utilização de numeração e/ou pontuação (motricidade ampla/ludicidade);

· Jogos e brincadeiras coletivas onde se obtém resultados através de cooperação/relação.

· Atividades adaptadas com a utilização de músicas e instrumentos gerais (relacional/funcional e musicalização).


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Referências:


1- MUNIRA ALVES RIBEIRO, 2009. A PSICOMOTRICIDADE COMO FERRAMENTA NA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA. UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES.

2- Alexandra Gonçalves Pinho. A Matemática e a Psicomotricidade em crianças do 1ºCEB. Filipa. Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

3- Rita Goucha Reis Oliveira Serdoura, 2016. O contributo da intervenção psicomotora para a aprendizagem da matemática. Universidade de Lisboa Faculdade de Motricidade Humana.

4- ÁBIDO, Paula. A MATEMÁTICA ATRAVÉS DO MATERIAL RECICLADO – TAMPINHAS: UMA EXCELENTE ALTERNATIVA E UM ESTÍMULO À CRIATIVIDADE - EDUCAÇÃO INFANTIL. https://paulaabdopsicoepei.blogspot.com/p/matematica-com-tampinhas.html?m=1. Acesso em 04/03/2020.

 
 
 

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