PSICOMOTRICIDADE FUNCIONAL
- Larissa Michels
- 9 de mar. de 2020
- 2 min de leitura

Segundo Negrine (2002), a psicomotricidade funcional compreende o desenvolvimentopsicomotriz a partir de bases teóricas de neuroanatomia funcional. Tal fundamenteo situa-se na concepção de que o processo de desenvolvimento humano é decorrente dos processos de maturação.²
A psicomoticidade funcional tem o objetivo de desenvolver, aprimorar e reeducar as condutas motoras primárias e complexas. Formando um conjunto de ações-reações adequadas para a vivência integral do sistema do corpo humano, contando com a qualidade das atitudes e movimentações integrais do indivíduo.
A ação do psicomotricista se baseia na avaliação criteriosa das funcões motrizes de acordo com faixa etária e diversos outros fatores, como ambiente familiar, escolar, locais de convivência, histórico médico e psicológico, desempenho social etc.
As atividades propostas são de repetição, pré programas após o diagnóstico, com a intervenção direta do psicomotricista, sendo exercícios específicos planejados para cada um, individualmente, podendo ocorrer em locais próprios com proposta em grupos ou não.As estruturas psicomotoras definidas como básicas são: locomoção, manipulação e tônus corporal, que interagem com organização espaço-temporal, as coordenações finas e amplas, coordenação óculo-segmentar, o equilíbrio, a lateralidade, o ritmo e o relaxamento. Elas são traduzidas pelos esquemas posturais e de movimentos, como: andar, correr, saltar, lançar, rolar, rastejar, engatinhar, trepar e outras consideradas superiores, como estender, elevar, abaixar, flexionar, rolar, oscilar, suspender, inclinar, e outros movimentos que se relacionam com os movimentos da cabeça, pescoço, mãos e pés.¹
A prática desenvolvimentista das habilidades fundamentais permeia-se desde os primeiros dias de vida até aproximadamente aos 7 anos de idade, logo após busca-se uma ampliação e lapidação da movimentação global com base na estruturação básica adquirida.
Tendo em vista que a criança passa a maior parte do seu dia no ambiente escolar, com a ausência de um psicomotricista em tempo integral, se faz necessária a reformulação de determinadas metodologias para que direta e indiretamente, as capacidades e habilidades motoras sejam frequentemente desenvolvidas para que o desempenho de cada um, se alinhe principalmente à sua idade e às vivências que passará ao longo da vida.
A estrutura geral da metodologia educativa precisa engrandencer os vocabulários motores básicos e fundamentais, servindo como estratégia facilitadora de todo o processo, em todos os níveis de ensino. Deve-se criar possibilidades onde as estruturas psicomotoras se façam presente, em atividades que trabalhem a coordenação motora ampla, a priori, para depois desenvolver-se as finas.
É preciso saber que a Aula de movimento e a Educação Física não dão total enfâse, principalmente às individualidades funcionais e de desenvolvimento das capacidades motoras gerais. O que desenvolve é a repetição constante!
Sabendo disso, podemos introduzir em todas as disciplinas curriculares, atividades que exijam equilíbrio, força, noção espaço-temporal, flexibilidade, ritmos e movimentações de grandes e pequenos grupos musculares.
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Referências:
1- Andrea Esberard Teixeira, 2009. A IMPLEMENTAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE NAS ATIVIDADES FUNCIONAIS. INSTITUTO A VEZ DO MESTRE.
2- Fernando Soares Machado, 2010. PSICOMOTRICIDADE: DA PRÁTICA FUNCIONAL À VIVENCIADA. Em extensão, Uberlândia. v.9 n.1 p, 33-45.
3- FABIANA BOYANOSKI MURA, 2007. RESGATE DA PSICOMOTRICIDADE FUNCIONAL ATRAVÉS DE ATIVIDADES PARA A INTELIGÊNCIA CINESTÉSICO-CORPORAL EM CRIANÇAS COM DÉFICITS PSICOMOTORES ENTRE 8 E 10 ANOS. Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium.
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