TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E PSICOMOTRICIDADE
- Larissa Michels
- 17 de mar. de 2020
- 2 min de leitura

No final da década de 90, as tecnologias ganharam espaço dentro do ambiente escolar, com o objetivo de desenvolver novos métodos e possibilidades de ensino. As instituições incorporaram computadores com internet, lousas inteligentes, recursos áudios-visuais diferenciados etc.
Desde então, toda a equipe pedagógica teve que se adaptar e encontrar maneiras de fazer com que essas novidades fizessem sentido no processo de ensino aprendizagem. Sendo um desafio necessário, pois não teriam possibilidades de ignorar os avanços que a tecnologia traria para toda a sociedade.
Diante da novidade, o professor se tornou um importante responsável pela representação e indicação consciente da tecnologia, equilibrando e guiando os alunos para o uso adequado e funcional.
Pesquisas apontam que a criança que apresenta maior contato com computadores tende a ser mais inteligente referente à escrita, visto que, atualmente, as mensagens instantâneas estimulam cada vez mais o vocabulário das crianças. ¹
Em relação à educação psicomotora, as tecnologias podem ser vistas por dois pontos de vista:
O primeiro na questão de saúde e qualidade de vida, onde o desenvolvimento e vivências motoras e sociais podem ser prejudicadas pelo déficit da prática de atividade física, trazendo números intensos à respeito do sedentarismo e obesidade, como prejuízos nos quesitos de convivência social, pela falta e modificação da mesma.
O segundo pela facilitação que a ampla variedade tecnológica pode trazer e ajudar nos sistemas de desenvolvimento motor, cognitivo e social. Computadores estimulando e desenvolvendo o acesso à informação, amplitude de vocabulário e aumentos significativos da escrita e interpretações de textos, maneiras simplificadas para contatos por intermédio da internet e celulares, e possibilidades de vivências motoras com o uso dos exergames (jogos digitais de movimentação física).
A questão principal é: como utilizar e fazer com que a tecnologia seja utilizada de maneira correta e eficaz nos processos educacionais e não educacionais.
Professores e Psicomotricistas precisam se alinhar, para transformar e guiar o uso correto e benéfico do uso de tecnologias para o objetivo desenvolvimentista e educacional.
Existem diversas possibilidades de utilização para tais objetivos, como atividades de escrita e leitura, aprendizados facilitados por meio de aplicativos específicos, jogos interativos e relacionais, recursos áudios-visuais (vídeos curtos, filmes, músicas educativas etc.) e jogos com movimentação física, como Kinect do Xbox, Nintendo Wii e outros.
O importante mesmo é não transferir a importância dos métodos realistas de educação, com relações e contatos com o ambiente e com os outros indivíduos pela tecnologia. Ela deve servir apenas como uma das ferramentas a serem utilizadas, não se tornando a principal.
As questões cognitivas, motoras, sociais e afetivas são essencialmente estimuladas pelas vivências humanas através do corpo. Vivências puramente psicomotoras!
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Referências:
1- FIRMEZA FELÍCIO, LEANDRO, 2017. A influência das novas tecnologias nos aspectos psicomotores no ensino fundamental I. Conhecimento & Diversidade, Niterói, v. 9, n. 18, p. 13–31.
2- Luana Silva dos Santos et al, 2013. Desenvolvimento infantil e a influência da tecnologia. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, Ano 18, Nº 186.
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