TERCEIRA IDADE E PSICOMOTRICIDADE
- Larissa Michels
- 8 de mar de 2020
- 3 min de leitura

Todas as experiências que vivemos durante toda nossa vida são os frutos que plantamos, pra colhermos na nossa velhice. As histórias vividas e o estilo de vida influenciam quase que totalmente sobre o futuro na terceira idade, todos nossos aprendizados e hábitos têm uma enorme tendência a permanecer.
Com isso percebemos a importância dos estímulos psicomotores ao desenvolvimento global dos indivíduos em todas as fases da vida, desde o seu nascimento, aprimorando sempre sua imagem corporal, noções espaços-temporais, equilíbrio, motricidade fina e grossa, tonicidade etc.
À medida que o ser humano envelhece, quer continuar tendo força, resistência, flexibilidade e mobilidade para permanecer ativo e independente de modo a poder atender as próprias necessidades pessoais e domésticas, como fazer compras ou participar de atividades recreativas e esportivas (Rikli & Jones, 2008).¹
Segundo Fonseca (1998), durante o processo de envelhecimento ocorre uma involução psicomotora que é o produto final da evolução onde acontece a deterioração das propriedades e funções dos fatores psicomotores. A esse conjunto de mudanças que acontece no idoso dar-se o nome de retrogênese.¹
Na retrogênese conseguimos através das atividades psicomotoras uma manutenção constante das capacidades e habilidades gerais do indivíduo, melhorando e lapidando funcionalidades básicas para se viver da melhor forma o seu dia a dia. Contando ainda com uma melhor percepção e consciência corporal, auto conhecimento, auto cuidado, equilíbrio físico, mental e espiritual para viver esta etapa com tranqüilidade.
Os programas educacionais e de incentivo à prática de exercícios psicomotores para esta população ainda são pouco explorados quanto à promoção de saúde, cabe aos profissionais de saúde engajar-se efetivamente em projetos que mobilizem os idosos de maneira que estes se sintam motivados tornando-se mais ativos.¹
E ainda assim, precisamos de uma abordagem mais significativa no sistema educacional, as escolas são o principal difusor de informações e orientações para as comunidades, a própria desvalorização do EJA (Educação de Jovens e Adultos) causa uma má dissipação de valores à respeito do envelhecimento e da terceira idade.
Os professores são os responsáveis pela mediação de informações à respeito do desenvolvimento humano sobre TODAS as faixas etárias, fazendo parte da idade escolar ou não. Deve-se procurar métodos de orientação e informação para alunos, famílias e comunidade à respeito de qualidade de vida e métodos de se alcançarem uma melhor vivência em todas as fases da vida.
Algumas opções de intervenções incluem o ensino didático para todos os níveis sobre o desenvolvimento humanos, palestras sobre qualidade de vida e atividade física, atividades adaptadas sobre saúde, vivências psicomotoras inclusivas (vivências simuladas sobre questões da terceira idade como a ausência de equilíbrio), eventos direcionados às famílias e comunidade, incentivo às atividades psicomotoras dentro e fora do ambiente escolar etc.
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Referências:
1- Costa, Mayara et al, 2012. Educação em saúde: estratégia de promoção da qualidade de vida na terceira idade. Rev. Lusófona de Educação no. 22. Lisboa
2- Rafaela Vilela de Oliveira et al, 2017. Psicomotricidade como método de intervenção para idosos. Revista da UIIPS –Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém,Vol. 5, N. º 5.
3- Dra. Simone Silva Alves, 2016. Educação de Jovens, Adultos e Idosos e Educação Para as Relações Étnico-Raciais e Movimentos Sociais. RELACult – Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e V. 02, Ed. Especial, p. 897-912.
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